terça-feira, 26 de outubro de 2010

Hipertensão virou doença de criança

A hipertensão vem afetando crianças e pode ser corrigida com mudança de hábitos alimentares

Salvo escoriações e fraturas típicas de crianças levadas, as doenças de infância sempre foram dor de garganta, sarampo, catapora, caxumba e rubéola. Hoje a obesidade e os problemas decorrentes, como hipertensão, diabetes e colesterol, mais comuns em pessoas de idade adulta, afetam crianças do mundo todo. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que mais de 42 milhões de crianças com menos de 5 anos estejam acima do peso ou sofram de obesidade no mundo.

O mais alarmante é a hipertensão, doença silenciosa, que não apresenta sintomas. Mais de 95% de toda a pressão arterial alta é do tipo hipertensão essencial, causada por fatores genéticos e ambientais, como a ingestão de sal em excesso.

Já a hipertensão arterial secundária é assim denominada porque a elevação da pressão é causada por outro problema, como doença nos rins, entre outras patologias. "Quanto menor a criança, mais grave é a hipertensão, e aí investiga-se a causa. Já na fase pré-adolescente, a hipertensão é associada à obesidade na ordem de 35%", explica a nefropediatra do Hospital Sabará, Maria Cristina Andrade.

A médica lembra que, se antes as crianças tinham peso normal ou eram anêmicas, hoje, como resultado das comodidades da vida moderna, têm sobrepeso ou são obesas (46% da população brasileira, segundo pesquisa do Ministério da Saúde). "Para a pressão voltar a níveis normais sem medicamentos, a criança ou adolescente deve perder peso e praticar uma hora e meia de exercícios aeróbicos todos os dias." Família, sociedade e escola, alerta, são corresponsáveis no processo de reeducar a geração de gordinhos.

Segundo Frida Plavnik, nefrologista e conselheira da Sociedade Brasileira de Hipertensão, não se sabe ao certo o porcentual de crianças hipertensas no Brasil, mas fala-se que gira em torno de 1% a 3%. O primeiro contato da criança com o sal, diz ela, se dá com a papinha. Os hábitos serão herdados do paladar da mãe, e é aí que mora o perigo, já que o brasileiro consome duas vez mais sal do que o recomendado pela OMS, que é 6 gramas por dia ou uma colher de chá.

Somadas ao sedentarismo, as guloseimas são as vilãs da saúde das crianças. Por isso, os pais devem ficar atentos aos rótulos das embalagens, alerta a nefrologista. O sódio, um dos componentes do sal de cozinha, não está apenas nos alimentos salgados, mas também nas bolachas doces recheadas, em conservantes (nitrito de sódio e nitrato de sódio), adoçantes (ciclamato de sódio e sacarina sódica), fermentos (bicarbonato de sódio) e realçadores de sabor (glutamato monossódico).

"O mineral representa um papel importante em diversas funções do organismo, principalmente no equilíbrio entre os fluidos celulares e extracelulares. Atua também na transmissão de impulsos nervosos em todo o corpo, permitindo assim o funcionamento do cérebro e o controle de nossas funções vitais. O problema é o excesso", explica Frida.

Para detectar alguma alteração e fazer um diagnóstico precoce, o controle da pressão arterial deve ser feito a partir dos 3 anos, nas visitas ao pediatra. "Os níveis de pressão arterial variam de acordo com o sexo, idade e altura, existindo tabelas que permitem ao médico verificar se a pressão arterial se encontra em níveis adequados."

Responsabilidade dos pais

Quando o pai ou a mãe é hipertenso, a chance de o filho ser é de 25%. E se ambos têm a doença, a probabilidade é de 60% . Portanto, se o problema existe na família, os pais devem pensar duas vezes antes de encherem o carrinho do supermercado com alimentos ricos em sódio, elemento diretamente relacionado com a pressão arterial elevada e outros problemas, como derrame cerebral, catarata, problemas renais e até mesmo casos de câncer no estômago.

Coordenada pelo cardiologista Daniel Magnoni, uma pesquisa do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia com 1.294 hipertensos mostrou que 93% não sabem fazer a distinção entre o sal e o sódio descrito nas embalagens, 75% nem sequer leem os rótulos e 45% não sabem que os produtos industrializados podem conter sal.

O brasileiro tem o costume de ingerir 14 gramas de sódio por dia, alerta o médico, lembrando que o mineral está presente em embutidos, alimentos industrializados, conservas envasadas em latas e vidros, molhos, sopas e caldos prontos, e refrigerantes. Para calcular o teor da substância, deve-se multiplicar o valor de sódio no rótulo por 2,5 - o resultado indica o correspondente em gramas de sal. Um alimento com 500 mg de sódio, por exemplo, representa 1,25 g de sal.

Outra pesquisa feita entre 2003 e 2009, por médicos do Hospital Pro Criança Cardíaca, no Rio, com 2 mil pacientes na faixa de 5 a 20 anos, mostra que 53,2% dos jovens e crianças têm excesso de gorduras no sangue; 63% se alimentam de forma errada; 2% são hipertensos; 47,4%, sedentários, e 7,5% estão acima do peso. Sobre o estudo, a cardiologista e fundadora do hospital, Rosa Célia, observa que não há diferença de hábitos alimentares entre as classes sociais, uma vez que o acesso aos salgadinhos, fast food, iogurtes, hambúrgueres, refrigerante, doces é muito fácil. O resultado é que os pequenos apresentam níveis altos de colesterol e alteração da pressão arterial como jamais se viu antes.

"Se fizessem uma pesquisa para saber o que as crianças levam para a escola, os biscoitos seriam os campeões. Por que não levar uma fruta?" Para a médica, os maus hábitos alimentares estão relacionados às idas ao supermercado, número de horas em frente à TV e às mães que trabalham fora, deixando as crianças com babás ou empregadas, que soltam as rédeas.

Segundo a médica, a família pode colaborar, aderindo aos hábitos saudáveis. "Caso contrário, como a criança vai comer cenoura com uma geladeira cheia de iogurte? Ela briga, reage, mas quer ser cuidada." Fonte: Estadão

Estudo confirma que beber água ajuda a emagrecer

Fonte: Isto É - Independente
A sabedoria popular ensina há séculos que beber água antes das refeições ajuda a emagrecer. Agora, pesquisadores americanos confirmam a crença. Um estudo provou que ingerir aproximadamente meio litro de água – o equivalente a dois copos –, duas horas antes de comer, três vezes ao dia, ajuda, sim, a perder peso.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas colocaram 48 adultos entre 55 e 75 anos numa dieta pouco calórica, mas os dividiram em dois grupos. Só um tomou água antes das refeições. Após três meses, tempo de duração do experimento, todas as pessoas emagreceram, mas as que consumiram a bebida antes do café da manhã, do almoço e do jantar perderam cerca de dois quilos a mais (em média, sete quilos, contra cinco de quem não bebeu). Em bora tenham escolhido uma faixa etária mais adiantada, os responsáveis pelo estudo acreditam que esse costume possa ajudar pessoas de todas as idades. “Essa ideia popular parecia lógica, mas nunca havia sido realmente investigada”, disse à ISTOÉ a especialista em comida e nutrição Brenda Davy, uma das autoras da pesquisa.

A professora da Universidade Virginia Tech afirma que esse efeito emagrecedor pode ser explicado pela sensação de saciedade que a água provoca. “Nossos participantes relataram que se sentiam mais cheios e com menos fome quando começavam a comer. Isso pode ter permitido a eles ingerir menos calorias”, contou.

No entanto, parece haver outras razões para o benefício da dieta da água. O endocrinologista carioca Tércio Rocha explica que a água, especialmente gelada, pode ajudar no emagrecimento por outro caminho que não o da saciedade. Segundo ele, a temperatura fria provoca uma retração vascular no estômago que diminui a sensação de fome. “Outra coisa é que, quando estamos famintos, sentimos até uma dorzinha, provocada pelo ácido clorídrico (um dos componentes do suco gástrico) que vai se acumulando no estômago. A água ‘lava’ esse ácido, diminuindo uma urgência por comida que às vezes nos faz comer demais”, esclarece.

Além disso, sabe-se que a água, quando consumida cerca de meia hora antes das refeições, estimula os mecanismos da digestão, fazendo com que a comida tenha menos tempo para ser absorvida. O médico garante que tomar água pode realmente ser eficaz. “Mas beber mais do que 500 mililitros pode ser um problema porque meio litro já é um volume significativo de líquido no estômago”, ressalta a americana Brenda Davy. Segundo ela, bebidas de baixa caloria, como os refrigerantes light, poderiam ter efeitos semelhantes aos da água. Outros especialistas, no entanto, alertam que bebidas com adoçante podem causar vários tipos de problemas quando ingeridas em excesso. Água, como se sabe, não tem efeitos colaterais.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O que é melhor: correr/caminhar em grupo ou sozinho?


O mais importante é realizar a atividade física com o máximo de prazer, descontração e periodicidade.Há pessoas que preferem a prática solitária, pois só assim conseguem refletir sobre decisões importantes, relaxar e, principalmente, manter-se focadas em cada movimento da corrida, na paisagem e nas situações que acontecem durante o percurso. Mas muitas pessoas acreditam que quando treinam em grupo conseguem resultados melhores do que quando treinam sozinhas.

Abaixo estão enumeradas algumas vantagens principais do treinamento em grupo:
  • A possibilidade de manter-se sempre motivado, seja dando força para os companheiros de treino, seja recebendo o auxílio destes.
  • A melhora do rítmo e controle da atividade física. Como isso acontece? Ao encontrar um atleta com desempenho parecido com o seu, vocês terão mais facilidade de trabalhar melhor não só o rítmo como o controle da atividade.Um "puxa" o outro para melhores resultados.
  • A descontração que o grupo propicia torna a prática do exercício físico mais prazerosa e dá a sensação de que o treino passa mais rápido.
  • E, quando a preguiça aparece - Isso acontece! - os companheiros de atividade são os primeiros a incentivá-lo a não parar.
Entre em contato com a Effectus e garanta sua vaga!

Musculação para mulheres

Há algum tempo atrás, não era muito comum notar a presença de mulheres nas salas de musculação. Alguns conceitos equivocados, como o de que a musculação torna o corpo masculinizado, sem curvas e com músculos exageradamente grandes acabavam afastando as mulheres das academias. Cada vez mais as mulheres estão se conscientizando de que é possível praticar a musculação e conservar uma silhueta delicada e bem feminina. O segredo é não exagerar.

Benefícios da musculação para mulheres

Quando praticada de forma correta e com a orientação adequada, a musculação feminina pode trazer muitos benefícios. Ela ajuda a emagrecer e queimar as gordurinhas, um em um treino leve de musculação é possível eliminar cerca de 300 calorias. A prática dos exercícios ainda tonifica a musculatura, combate a flacidez, ajuda o corpo a ganhar formas mais definidas e melhora a postura.
Com a prática da musculação, ocorre o aumento da massa magra e o aumento da capacidade do corpo de queimar a gordura corporal.
A musculação também ajuda a diminuir o colesterol e a melhorar o fluxo sanguíneo e é uma grande aliada no combate à osteoporose. A prática dos exercícios faz com que os ossos absorvam melhor o cálcio e se tornem mais resistentes.

Musculação feminina

Um dos receios das mulheres em aderir à da musculação é acabar engordando. Músculo e gordura são tecidos diferentes. O músculo é mais denso e firme, já a gordura é um tecido mole e sem forma. Adquirir músculos deixa as formas bem definidas e modifica o corpo, mas não significa ganhar peso.
E não se desespere, a musculação para mulheres não vai transformá-la em uma montanha de músculos. As mulheres em geral não produzem uma quantidade significativa do hormônio testosterona, o que impede o alto grau de desenvolvimento de músculos. As halterofilistas não ficam com o corpo extremamente musculoso por acaso, para chegar ao mesmo resultado é preciso uma rotina de treinos intensa.

domingo, 24 de outubro de 2010

Mas por que correr? Quais os benefícios da corrida?

Adaptado de "Corra" do autor Mario Sérgio Andrade Silva

A corrida , como qualquer outra atividade física, promove muitos benefícios para a nossa saúde, desde físicos(respiração, hipertensão, melhoria da postura, menor risco de doenças cardíacas, controle e diminuição do peso, aumento do tônus muscular), até emocionais/intelectuais(redução do estresse,maior produtividade no trabalho, aumento da autoestima, aumento da concentração) e sociais (aprender a relacionar-se consigo e com o próximo).
À ação desses três campos (saúde física, saúde emocional/cognitiva e saúde social) chamamos de tríade da vida saldável. O controle deles é importantíssimo, e a variação de algum promoverá com certeza, uma perda de qualidade de vida.

Mexa-se o tempo todo. Isso queima 350 calorias por dia.

Por Alaor Jr.

Exercicios Regulares baixam a pressão, tornam mais eficientes os batimentos cardíacos e reduzem a Resistência à insulina, que pode levar a infarto e AVC. Mesmo um pouco pode fazer muito efeito.
As seguintes em Atividades podem aumentar em 45 minutos o tempo diário de exercicios quase sem mudar sua Rotina:
  • Suba pelomenos dois lances de escada e emagreça 3 kg por ano.
  • Fique em pé nas reunioes ou ande enquanto fala ao telefone.
  • Mantenha as mãos ocupadas: por exemplo, tricote enquanto assiste Televisão.
  • Mexa-se o tempo todo. Isso queima 350 calorias por dia.
  • De hora em hora, quando estiver em sua mesa trabalhando, levente-se,estique os braços e fique na ponta dos pés e desça por dez vezes.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Corrida e musculação, uma parceria perfeita!

A dobradinha corrida e musculação é benéfica tanto para quem quer perder peso quanto para aqueles que procuram ganhar massa muscular
Na busca pela boa forma, volta e meia surgem dúvidas sobre qual é o melhor método para se alcançar o objetivo. Encarar a esteira antes ou depois da musculação é uma delas, sobretudo entre os malhadores iniciantes. De acordo com a personal trainer da Academia Tribus Milena Ferreira Gonçalves, a combinação das duas atividades depende, principalmente, do que se quer obter. “Se for para perder gordura, o melhor é fazer séries nos aparelhos para depois emendar um treino intervalado (de corrida). Já se a pessoa busca ganhar massa magra (músculos), o ideal é que corra em dias diferentes dos escolhidos para a musculação”, orienta.

Outro ponto a ser observado durante o exercício é o controle dos batimentos por minuto (bpm) do coração. Isso é fundamental para definir a faixa de intensidade do exercício (veja como calcular no quadro). Já para quem procura ganhar massa magra, o ideal é correr de cinco a 10 minutos na esteira, apenas para aquecer, antes de fazer musculação. E nos dias em que não tiver sessões de musculação, correr de 30 a 40 minutos. Assim, não sobrecarrega os músculos nem se arrisca a perder resistência e a massa magra, tão difícil de ser conquistada.

O personal Danilo Silvestrin reforça a relevância da meta do praticante na ordem das atividades. “Para quem quer emagrecer, o melhor é priorizar o treinamento na esteira, onde conseguirá um rendimento melhor na parte aeróbica, e complementar o treinamento na musculação”, explica. “Já se o desejo for por ganho de massa muscular e aumento de potência, deve primeiro fazer musculação, que provocará a produção do ácido láctico e inibirá a queima de gordura.”

Segundo Danilo, além de definir a faixa de intensidade do exercício, o controle do bpm é fundamental para regular o ritmo da atividade. “A partir de 65%, a pessoa está na zona de queimar gordura eficiente. Passar dos 85% é entrar na área de risco, onde, em vez da gordura, o organismo passará a queimar carboidrato e até mesmo proteína (fibras musculares). É importante se manter atento”, alerta.

Para o jornalista Rogério Couto, 38 anos, que incluiu a corrida no treino de musculação há três anos, os dois exercícios se completam. Com objetivo de ganhar massa muscular, ele se determinou a fazer musculação quatro vezes na semana e exercício aeróbico duas. “Faço corrida e spinnig em dias alternados com a musculação. Como meu biotipo é magro, se eu correr por muito tempo nos mesmos dias da musculação, seco. Então, sempre faço de cinco a 10 minutos de esteira, como aquecimento, antes de pegar peso”, conta.

Tênis bom combina com o pé e a pisada

ANA PAULA DE OLIVEIRA
da Folha de S.Paulo

Difícil não se deixar seduzir pela propaganda e pelos itens "high-tech", como pilares gelificados, regulagem do fluxo de ar entre as câmaras do calcanhar e bolsas com gás pressurizado ou gel. Mas, se o assunto é tênis para correr ou caminhar, é melhor deixar esses argumentos e a vergonha de lado, olhar bem para os pés e, em seguida, passar para a experimentação, andando, correndo e até pulando pela loja. Para quem pratica corrida ou caminhada, o mais importante é o conforto que o calçado proporciona.

Usar calçados inadequados pode causar desde problemas simples, mas dolorosos, como bolhas e unhas encravadas, a lesões nos ligamentos do joelho. "Tem de testar o tênis e sentir se não aperta os pés. O 'só está pegando um pouquinho' vira uma tortura após uma hora de corrida", diz o médico Paulo Zogaib, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e especialista em fisiologia do movimento.

Para o tênis vestir como uma luva, o primeiro passo é identificar o tipo de pé e de pisada (veja como na página ao lado). "Encontrar o tênis mais adequado a essas características é essencial", afirma Marcelo Baboghluian, especializado em medicina do esporte.

Como a embalagem não indica para que tipo de pisada o calçado é indicado, o usuário deve ficar atento à presença de reforço na lateral do solado, geralmente feito em material com cor e textura diferentes. "Para pés que pisam para dentro [pronação], o ideal é comprar tênis com suporte reforçado na lateral interna do solado para compensar a pisada", afirma o especialista em treinamento esportivo Norton de Freitas, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e um dos pioneiros, no Brasil, em biomecânica da corrida, técnica que identifica o calçado ideal para o atleta a partir da análise de como ele corre.

Pés que pisam para fora (supinição) merecem tênis com reforço na lateral externa. Mas há menos modelos para esses casos, porque são menos freqüentes, diz Renato Lotufo, fisiologista e especialista em medicina do esporte.

Julia Greve, médica do Laboratório de Estudos do Movimento do Hospital das Clínicas (HC), de São Paulo, acredita que esse tipo de cuidado é virtuosismo e o que importa mesmo é respeitar o formato da sola do pé. Se o arco plantar (a parte côncava do pé) encosta no chão --pé chato--, é preciso usar um tênis com palmilha plana ou semicurva. Já o pé cavo (arco elevado) faz menos contato com o solo e absorve menos impacto, por isso adapta-se melhor a solados curvos, que facilitam o movimento do pé e amortecem mais o impacto --que se concentra no calcanhar e, na corrida, chega a ser equivalente a dez vezes o peso corporal, segundo Zogaib.

Toda a tecnologia para absorção desse impacto, porém, se perde com o tempo. De acordo com Lotufo, a eficácia do sistema de absorção começa a diminuir a partir de 400 km "rodados". "Uma pessoa que treina corrida de três a cinco vezes por semana, por cerca de uma hora e meia, deve trocar o tênis a cada cinco ou seis meses", orienta Baboghluian.

Provavelmente, ultrapassar esse prazo de validade foi o que levou o engenheiro Henri Kubota, 28, a uma mesa de cirurgia para retirar um cisto no ligamento do joelho. "Foi descartado qualquer tipo de trauma. O médico então perguntou como era meu tênis e há quanto tempo eu corria com o mesmo par. Apesar de aparentemente em boas condições, o tênis estava em uso há mais de um ano e meio", conta ele, que treina para praticar seu esporte preferido, corrida de aventura.

Para não gastar muito com um produto de vida útil curta, Kubota sugere: "Compre modelo de coleções passadas. Os tênis dos anos anteriores não são muito diferentes dos lançamentos deste ano, mas são bem mais baratos".

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A corrida e os cuidados necessários

Caminhada reduz níveis de pressão arterial por até 24 horas

Redução é mais expressiva nas pessoas com pressão elevada

Para afastar o perigo da hipertensão, aposte nas caminhadas. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, comprovou que a caminhada reduz a pressão arterial na primeira hora e, o que é melhor ainda, essa queda se mantém nas 24 horas subsequentes.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, no Brasil, são 27 milhões de hipertensos com mais de 18 anos e 2 milhões de crianças e adolescentes que enfrentam o problema.

A pesquisa teve início em julho de 2008 e terminou em outubro de 2009. Foram avaliados 1000 voluntários com idade entre 60 e 75 anos, faixa etária do presidente Lula, que sofreu uma crise hipertensiva recentemente.

Inicialmente foram selecionados 10% dos idosos como amostragem representativa. Os participantes realizaram uma sessão intensa de 40 minutos de caminhada, seguida de uma sessão de repouso também de 40 minutos.

Os resultados apontaram que a redução é mais expressiva naqueles com pressão arterial elevada e menor naqueles com pressão arterial normal. O diferencial do estudo, segundo os pesquisadores, é o fato de ter sido analisado o impacto do exercício aeróbico em pista, na modalidade caminhada, e não em esteira e bicicleta ergométrica, como era feito até então.

Após uma única sessão desse exercício aeróbico, em média, a pressão arterial sistólica, que é o valor mais alto e mede a força do sangue nas artérias, quando o coração se contrai para impulsionar o sangue através do corpo, caiu 14 milímetros de mercúrio (mm Hg) e a pressão arterial diastólica, número inferior que mede a pressão enquanto o coração relaxa para se abastecer de sangue, caiu 4 milímetros, ou seja, de 13 por 9, por exemplo, passou para 11 por 8. E, após 24 horas, essa pressão continuou reduzida em 3 milímetros na pressão sistólica e 2 milímetros na diastólica.

Os pesquisadores explicam que a prática contínua de exercícios pode levar à diminuição gradativa e até ao não uso de medicamentos para os hipertensos leves e, ainda ser um método coadjuvante no tratamento com medicamentos nos casos mais graves.

Hipertensão entre idosos

Segundo o médico geriatra Eduardo Ferrioli, professor da FMRP, que participou do estudo, a pressão arterial é uma das doenças de maior prevalência entre os idosos, chegando a quase 50% de alcance na faixa etária. Para ele, uma das causas do agravamento dos casos é o estresse diário.

"Uma rotina mais tranquila e hábitos saudáveis, como diminuir a quantidade de sal e manter o peso, ajudam muito no controle e até para a cura da hipertensão", explica.

Benefícios da corrida para os hormônios femininos

Entre as mulheres, são comuns as reclamações dos incômodos causados pelo ciclo menstrual, como as dores, cólicas e, é claro, a temida TPM (tensão pré-menstrual). O que muitas delas não sabem é que o bom funcionamento dos mecanismos de produção de hormônios — responsáveis por tanto sofrimento — estão ligados à imunidade baixa. E que a corrida é uma excelente ferramenta para garantir maior bem-estar.

De acordo com os especialistas, a prática das passadas contribui para evitar gripes e outras doenças e, no caso da mulher atleta, outras áreas são ajudadas. “Os benefícios no ciclo menstrual são visíveis, inclusive na melhora da TPM”, explica a ginecologista do esporte Maita Poli de Araújo.

A também ginecologista Rosa Neme faz um alerta para a mulher que pratica a corrida com cargas de treino muito intensas: “Nesse caso, o exercício pode contribuir aumentando a imunidade, mas gera um bloqueio hormonal que faz com que a mulher pare de menstruar”, explica.

Melhoras na fertilidade?

Segundo Rosa, a corrida, por coordenar os hormônios ovarianos, faz com que exista maior tendência a retardar a falência destes (motivo da menopausa). “Além disso mulheres que praticam exercícios físicos tendem a ter melhor resposta dos ovários em ciclos de reprodução assistida na estimulação desses órgãos”, completa.

Já Maita explica que ainda não é possível relacionar a corrida com a fertilidade. “Podemos afi rmar que existe uma relação direta entre o sistema imune e a fertilidade entre as mulheres não atletas. Já essa relação entre aquelas que praticam esportes ainda precisa ser estudada”, diz.

Cuidados para estar sempre bem

Com a imunidade baixa, as mulheres podem sofrer de diversos problemas. “Principalmente sintomas de infecções ginecológicas — a candidíase é a principal delas. Outras infecções podem aparecer, como as urinárias, além de maior predisposição a sintomas de gripe, entre outras”, explica Rosa.

Além disso, a ginecologista Maita alerta: “As vantagens da corrida para o sistema imune existem apenas para aquelas que praticam o exercício de maneira correta, com acompanhamento e respeitando os dias de descanso”.

Para o futuro

A bióloga e mestre em imunogenética Roberta Foster de Paiva está realizando uma pesquisa sobre o sistema imunológico da mulher e a prática de exercícios físicos como parte de seu doutorado na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). “O trabalho fará parte de um projeto envolvendo mulheres atletas, em que serão avaliados vários aspectos, dentre eles as alterações imunológicas que se desenvolvem em modalidades esportivas de alta performance”, explica a especialista.

Por Marina Oliveira

Caminhar 10 km por semana ajuda a preservar o cérebro na velhice, indica pesquisa

Fonte: Folha.com

Caminhar por pelo menos 10 km por semana pode ser uma das coisas que as pessoas podem fazer para impedir o encolhimento do cérebro e combater a demência, disseram pesquisadores dos EUA. O estudo fui publicado na revista "Neurology" na quarta-feira (13).

A pesquisa analisou cerca de 300 pessoas em Pittsburgh, que registraram quanto caminharam a cada semana, e mostrou que aqueles que andavam pelo menos 10 km tinham redução cerebral relacionada à idade menor que a das pessoas que caminhavam menos.

"O cérebro encolhe na fase mais avançada da idade adulta, o que pode causar problemas de memória. Nossos resultados devem incentivar experimentos que verificam se o exercício físico em idosos é uma abordagem promissora para prevenir a demência e o Alzheimer", disse Kirk Erickson, da Universidade de Pittsburgh.

A equipe de Erickson realizou a pesquisa para averiguar se as pessoas que andam muito poderiam estar mais preparadas para combater as doenças da idade.

Eles analisaram 299 voluntários que começaram o estudo livres de demência, e que registraram seus hábitos de caminhadas.

Nove anos depois, os cientistas fizeram varreduras nos cérebros para medir o volume dos órgãos. Após quatro anos, eles realizaram testes para ver se algum participante sofreu prejuízo cognitivo ou demência.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas que caminhavam cerca de dez quilômetros por semana tinham metade do risco de desenvolver problemas de memória em comparação aos demais.

Eles disseram que mais estudos precisam ser realizados sobre os efeitos do exercício e a demência, mas na ausência de tratamentos eficazes para o Alzheimer, a caminhada pode ser uma alternativa.

Nenhuma droga atual pode alterar a progressão da doença de Alzheimer, que afeta mais de 26 milhões de pessoas no mundo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Com fôlego para toda vida

A corrida pode ser, ao contrário do que se imagina, um dos melhores meios para quem sofre de asma conseguir melhoras na respiração
Por Maurício Belfante

Quem é asmático ainda consegue se lembrar dos problemas com o esporte durante a infância. Por mais que desejasse participar de brincadeiras e correr sem se preocupar com nada ao redor, a criança que sofria com a doença muitas vezes levava um puxão de orelha da mãe, que pedia para não participar de atividades que pudessem prejudicar ainda mais sua saúde.

Com isso, muitos adultos ainda levam consigo esse tipo de informação, de que a prática de atividade física para quem tem asma deve ser evitada. Mas não é bem assim. “Qualquer atividade física auxilia pessoas que têm problemas respiratórios, seguindo sempre as melhores instruções para uma prática esportiva saudável”, afirma Ricardo Arap, diretor técnico da Race.

Em 2008, o etíope Haile Gebrselassie, de 37 anos, ficou de fora dos Jogos Olímpicos de Pequim, por conta da condição atmosférica da cidade chinesa. Porém, o que poucos sabem, é que o detentor do recorde mundial da maratona, com 2h03min59s, sofre de asma, o que não lhe impediu de se tornar um dos maiores nomes da história do esporte.

Contudo, é preciso que o esportista asmático tenha alguns cuidados, realizando tratamentos que acabem com as crises. “Cerca de 50% a 70% dos asmáticos apresentam o broncoespasmo, independentemente de estarem em tratamento de controle ou não. Porém, com o tratamento, eles têm a chance de não apresentarem os sintomas ou apresentá-los em um quadro mais leve, enquanto os asmáticos sem o tratamento apresentarão o broncoespasmo de forma grave”, explica o alergista Flávio Sano, diretor médico da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia.


A asma e o esporte
Frequentemente interpretada de forma equivocada, a falta de ar na corrida pode não ser um sintoma de início de broncoespasmo, mas sim reflexo de um condicionamento físico ruim. “Em geral, o paciente asmático confunde seus sintomas. Ele faz exercício, tem falta de ar e acha que é por causa da asma. Mas é porque ele não tem condicionamento físico, pois nunca permitiram que ele fizesse nenhuma atividade”, comenta o alergista.

Entre os benefícios que o esporte pode trazer para o asmático, está o fortalecimento da musculatura respiratória, melhor capacidade aeróbia e também a recuperação e broncoespasmo menores que o normal, trazendo bem-estar.

A prática esportiva ideal também não existe, mesmo que alguns esportes sejam menos asmagênicos (mais provocadores de crises) que outros. “A escolha de uma atividade física deve ser feita de forma que a pessoa goste e tenha aptidões para isso. Sendo assim, pode-se escolher qualquer esporte, como corrida, ciclismo e natação”, diz Arap.

A partir do momento que um asmático começar a realizar atividades físicas, alguns cuidados também terão que ser levados em conta. Antes da prática dos exercícios, cerca de 15 minutos, o portador da doença deverá usar um spray broncodilatador de curta duração, que irá ajudar na respiração e na melhora de performance.

Para praticar um esporte, o asmático deve se preocupar com a sua saúde antes de tudo, consultando um médico e checando se este é o momento certo para iniciar uma prática esportiva. Caso o portador do problema não visite o médico, se automedique e tenha crises frequentes, o esporte poderá trazer malefícios para sua saúde.

Benefícios da Caminhada

A caminhada é considerada ideal para aquela pessoa sedentária que resolveu começar uma atividade física. Há diversos benefícios, mas você sabe quais? Vamos listar alguns! Animação e “pé na estrada”. Lembre-se de antes de começar uma atividade física, mesmo a caminhada, é necessário fazer uma avaliação médica.
- Emagrece. A caminhada aliada a uma boa alimentação pode ajudar a emagrecer, já que é um exercício aeróbio. Queima calorias e, conseqüentemente, ajuda no controle do peso.
- Auxilia no controle do colesterol e da diabete. A caminhada propicia um melhor condicionamento cardiovascular e pode ajudar a reduzir as taxas de colesterol ruim (LDL e o VLDL). Além disso, pode reduzir os níveis de glicose e melhorar a ação da insulina no corpo.
- Melhora o humor. Deixa a pessoa mais vigorosa e ativa, pois garante a oxigenação do cérebro e, se feito com freqüência, libera a endorfina, que também é chamado de hormônio do bem estar, promovendo uma sensação de prazer, disposição e uma maior animação para a vida. Além disso, você pode usar o tempo da caminhada para refletir sobre seus projetos, sua vida.
- Deixa os ossos mais fortes. As atividades físicas tornam os ossos mais fortes, especialmente a caminhada, já que o grande trabalho se dá nos membros inferiores que sustentam todo o peso do corpo.
- Fortalece os músculos. Fortalece principalmente os músculos dos membros inferiores e isso pode contribuir, inclusive, a ter uma postura melhor, corrigindo aqueles vícios de má postura e sendo vital para quem sente dores na coluna. É importante ficar atento para a forma correta de se caminhar.
- Melhora a respiração. A caminhada contribui para estimular os pulmões e isso, juntamente com outros benefícios, melhora o condicionamento físico e conseqüentemente, melhora a respiração, já que oxigena as células do corpo.
- Aumenta a circulação do sangue. Isso contribui para o controle da hipertensão arterial e também para diminuição do risco de varizes.
- Melhora a imunidade do corpo. Exercícios feitos regularmente influenciam na imunidade do organismo.
- Ajuda a dormir melhor. A caminhada, assim como a maioria das atividades físicas, pode contribuir para uma boa noite de sono, inclusive para aquelas pessoas que possuem problemas de insônia.
- Diverte. Isso mesmo! Depois que a caminhada torna-se um hábito, você se diverte praticando-a, além de poder fazer novas amizades “de caminhada” e faz você se sentir mais relaxado e mais animado para as outras tarefas da sua vida.